As investigações da morte da jovem Eiko Uemura, 23, encontrada no Portão do Inferno, no município de Chapada dos Guimarães, na última quarta-feira (29/04), apontam que a motivação do crime foi passional. Apesar de o delegado titular da cidade, João Bosco, não dar informações sobre o caso, fontes da Polícia Civil garantiram que as investigações caminham para a passionalidade.
Eiko era sobrinha do empresário Júlio Uemura, acusado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, de liderar um grupo criminoso que aplicava golpes financeiros no setor de hortifrutigranjeiros na Grande Cuiabá.
Eiko, que era estagiária no Fórum de Cuiabá, estaria mantendo um caso extra-conjugal com um advogado de renome na Capital, cujo sobrenome seria Prado e que presta serviço para um grande hospital de Cuiabá. O relacionamento foi confirmado por várias amigas de Eiko - até o momento, já foram ouvidas 15 pessoas ligadas à jovem - e, segundo informações, já passaria de um ano.
A morte de Eiko estaria ligada diretamente a uma suposta "briga de amores" entre ela e o advogado, que é casado. O advogado estaria sofrendo pressão para deixar a família e não pretenderia cotinuar com o namoro. As informações apontam, ainda, que Eiko estaria planejando fugir com o amante.
Em um plano revelado por amigas de Eiko, para fugir com o advogado, ela teria realizado um roubo na casa do tio, o empresário Júlio Uemura, retirando do cofre da família Uemura vários itens de valor, inclusive, dois relógios Rolex, avaliados em R$ 100 mil, que seriam vendidos em São Paulo, para garantir a fuga deles. Os pertences estariam em poder do advogado.
Procuração
De acordo com as fontes do MidiaNews, Eiko teria deixado uma procuração para que o advogado gerenciasse todos os seus bens. Segundo investigações do Gaeco, a garota era dona de várias empresas "fantasma", que eram utilizadas pela Organização Uemura, para aplicar golpes. Uma delas era a Eikon Atacado de Alimentos.
As informações ainda apontam que Eiko estaria deprimida, pois o advogado Prado sempre estaria na defensiva e demonstrando não estar disposto a fugir com a jovem e com medo que a sua família descobrisse o caso. Os laços amorosos estavam estreitando cada vez mais, o que pode ter levado a jovem a cometer o suicídio, principal tese defendida pela investigação.