Cuiabá, Domingo, 5 de Outubro de 2025
CASO KAYTTO
07.05.2009 | 09h07 Tamanho do texto A- A+

Defesa denuncia espancamento de pedófilo na prisão

Assassino-confesso de menino estaria sendo submetido a sessões de espancamento e a “aposta” entre presos

DA REDAÇÃO

A defesa do pedreiro Edson Alves Delfino, 29, assassino confesso do menino Kaytto Guilherme Pinto, 10, denunciou à 12ª Vara Criminal de Cuiabá que o detento está sendo submetido a sessões de espancamento por agentes prisionais e policiais militares dentro da Penitenciária Central do Estado, antigo Presídio Pascoal Ramos. No documento, o defensor público Alberto Macedo solicita que o diretor da unidade prisional, José Carlos de Freitas, seja responsabilizado caso não garanta a integridade física do réu. As informações são da repórter Keity Roma, do jornal "Diário de Cuiabá".

A reportagem do Diário constatou, durante entrevista exclusiva, publicada na edição de quaerta-feira (6), que Edson tem marcas de surras recentes espalhadas pelo corpo. O reeducando também estaria sendo ameaçado de morte por outros presidiários, que estariam promovendo uma aposta de quem conseguirá matá-lo. Durante alguns dias, também teria sido negada alimentação ao preso. "No ofício, peço à juíza que Edson passe por exame de corpo de delito no prazo de 48 horas e que volte a ficar isolado", declarou Macedo.

Edson está em uma ala isolada, mas não está sozinho. O defensor questiona porque o réu não está em isolamento total. Há cerca de duas semanas Edson passou a dividir o espaço com outros dois reeducandos, também acusados de crimes de estupro e atentado violento ao pudor. As agressões contra o trio aconteceriam cerca de três vezes ao dia, com o uso de cacetetes por funcionários que cuidam do raio 5 da penitenciária.

Além das ações dos servidores, ele ainda estaria correndo iminente risco de morte por ameaças dos presos. No ofício protocolado junto à Justiça, Macedo afirma que o diretor da penitenciária lhe informou que os presos estão apostando quem conseguirá chegar primeiro ao raio de Edson Delfino para assassiná-lo.

"Ele deve pagar pelo crime que cometeu, mas existe lei. O réu deve ser processado de acordo com o estado democrático de Direito e cumprir a pena que o ordenamento jurídico impõe. Se todo mundo que cometer um crime for torturado e fizermos vista grossa, vamos passar a viver em meio a uma barbárie", declara o defensor.

Se as agressões físicas ficarem comprovadas pelo exame de corpo de delito, Macedo encaminhará a denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE), para que sejam adotadas as medidas cabíveis. "Ele está temeroso por sua vida. Estou analisando a possibilidade de pedir judicialmente a transferência emergencial de Edson para outra unidade prisional de Cuiabá". A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) informou por meio da assessoria de imprensa que não foi notificada sobre as denúncias de agressões contra o reeducando e também não confirmou as ameaças feitas contra ele por outros detentos.

O órgão posiciona que assim que for informado sobre a situação, pedirá um exame de corpo de delito e responsabilizará os agressores.

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Luciano  27.09.09 22h33
Conforme o texto: "Ele deve pagar pelo crime que cometeu, mas existe lei.". Por causa da lei que ele matou outro menino.
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Fernanda  07.05.09 18h06
Será que ele quer tratamento vip?
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Cristina  07.05.09 17h45
e quem vai repor a vida de uma criança inocente, ele apanhar é o mínimo que ele poderia sofrer,mas era preciso fazer ele sentir na pele o que ele fez a uma criança inocente
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Ana Carla  07.05.09 13h45
direito penal do inimigo pra ele... monstro!!!!
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antônio ramos  07.05.09 13h10
Direitos Humanos são para humanos, pedófilo não é humano, é monstro. Monstros não têm direitos.
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