MPE denuncia cinco por morte de jovem que fez símbolo do PCC

O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia contra cinco envolvidos no homicídio de Elen Nascimento Silva, 21 anos, que foi morta a tiros em Brasnorte por ter feito o sinal do PCC (Primeiro Comando da Capital) em um vídeo na rede social TikTok.

O documento foi protocolado no dia 12 de maio. Foram denunciados Erick Vinicius Colen Felix; Ryan Aparecido Correa Da Silva; Ueslen Gonçalves Barros; Mateus Lino Ramos e Luiz Rafael De Oliveira. Todos são membros da facção rival ao PCC, Comando Vermelho.

O MPE ainda citou a participação de uma adolescente e de um homem, que ainda não foi identificado nas investigações.

Na denúncia, o promotor Álvaro Schiefler Fontes afirmou que o assassinato da vítima foi cometido por “vingança” e acrescentou três qualificadoras ao homicídio: motivo fútil, emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

“Atuando por vingança, em represália à vítima Elen, que em data anterior teria feito um vídeo no “tiktok” sinalizando apoio à facção rival “PCC” (motivo fútil), reuniram-se para lhe dar um “salve” - penalidade na linguagem criminosa”, descreve o MPE na denúncia.

O documento narra que o crime ocorreu no dia 19 de abril, quando a vítima foi atraída até a residência de Mateus Lino, onde também estavam Luiz Rafael, Erick, Ryan e uma adolescente.

No imóvel, Elen foi amarrada e vendada e, posteriormente, foi levada pelo grupo em um carro conduzido por Ueslen até a Estrada do Perobal, onde foi assassinada.

Ela foi morta com quatro tiros, dois disparos foram realizados por Ryan e outros dois por Luiz.

“Nesse cenário, denota-se que a infração penal também foi praticada mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida, já que a vítima foi atraída por um amigo (Mateus) até a residência onde os denunciados estavam, reduzindo sobremaneira sua chance de reação defensiva e posteriormente foi levada (por várias pessoas) ao local onde efetuaram 04 (quatro) disparos de arma de fogo à queima roupa, ceifando-lhe a vida”, detalha a denúncia.

Ao final do documento, a promotoria de Justiça pede que os denunciados sejam julgados e condenados e que seja fixado valor mínimo a título de indenização para reparação dos danos morais causados aos familiares de Elen.

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