O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, o médico Huark Douglas Correia, e um de seus sócios na ProClin, Luciano Correa Ribeiro, foram presos na manhã desta terça-feira (18), na segunda fase da Operação Sangria II.
Ainda foram presos Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali e Fábio Alex Taques. Todos estão sendo levados para a Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz).
Foram expedidos oito mandados de prisão preventiva. No entanto, a Polícia Civil tenta encontrar Flávio Alexandre Taques da Silva para cumprir o último mandado em aberto.
A operação foi deflagrada contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que teria montado um esquema para monopolizar contratos da área de Saúde na Prefeitura de Cuiabá e no Governo do Estado.
Segundo a Polícia Civil, o ex-secretário de Saúde foi preso nesta manhã em uma chácara em Santo Antônio do Leverger (a 33km de Cuiabá).
Além das prisões, quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos, sendo um deles dentro do Hospital São Benedito e na Secretaria de Saúde de Cuiabá.
Os acusados são investigados por crimes de obstrução à Justiça praticada por organização criminosa e coação no curso do processo.
Veja vídeo do ex-secretário chegando à Defaz:
Operação Sangria
A operação é um desdobramento do cumprimento de onze mandados de busca e apreensão, expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, ocorridos no dia 4 de dezembro, para apurar irregularidades em licitações e contratos firmados com as empresas Proclin (Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna), Qualycare (Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar LTDA) e a Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.
Alair Ribeiro/MidiaNews
Policiais da Defaz cumprem mandados na manhã desta terça-feira (18)
O delegado Lindomar Aparecido Tofoli, explicou que no transcorrer das investigações do inquérito principal (119/2018), ficou constatado que o grupo criminoso teria destruído provas e apagado arquivos de computadores para dificultar as investigações, além de ameaças feitas a testemunhas.
“O que chama a atenção é que atos totalmente reprováveis estão sendo cometidos por alguns membros da organização criminosa no intuito de ocultar, destruir provas, limpando gavetas, coagindo testemunhas, usando da influência política e econômica para interferir diretamente no cumprimento de contratos provenientes de processos licitatórios”, disse o delegado.
A investigação da operação Sangria apura fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, referente a condutas criminosas praticadas por médicos/administrador de empresa, funcionários públicos e outros, tendo como objeto lesão ao erário público, vinculados a Secretaria de Estado de Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde, através de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, em especial, a Proclin e a Qualycare.
Nota da Prefeitura de Cuiabá:
A respeito da 'Operação Sangria', deflagrada pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), nesta terça-feira (18) na Secretaria de Saúde e no Hospital São Benedito, o prefeito Emanuel Pinheiro determinou ao secretário Luiz Antônio Possas de Carvalho, que colabore com as investigações e coloque à disposição todos documentos e informações solicitadas.
“Esperamos que sejam esclarecidos os fatos e que possamos continuar no rumo certo para melhorar a saúde pública da Capital”, reforça Pinheiro.
O secretário de Saúde interino e procurador-geral do Município informou que a operação se trata de denúncias de supostas irregularidades de empresas prestadoras de serviços, ocorridas desde gestões passadas, mas que está acompanhando todos os trabalhos e está à disposição das autoridade
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