01.10.2019 | 16h:16

EM SINOP


Grafite de ativista sueca é pichado e Prefeitura decide apagar obra

Vândalos escreveram "Lula tá preso, babaca" em cima do rosto da adolescente Greta Thunberg

Reprodução

Grafite amanheceu pichado nesta terça-feira (1º)

Um grafite com o rosto da ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, amanheceu pichado nesta terça-feira (1º) em um viaduto de Sinop (481 km de Cuiabá).

 

A obra foi elaborada durante o 1º Encontro Internacional de Graffiti – Matograff. O evento reuniu artistas de vários países da América Latina nesse fim de semana na cidade.

 

Na manhã desta terça, o rosto da adolescente estava pichado com os dizeres: “Lula tá (sic) preso, babaca”.

 

A arte, feita pelo grafiteiro Matias Souza no domingo (30), gerou polêmica na cidade e a Prefeitura decidiu apagar o desenho.

 

Diversos vereadores e moradores de Sinop se posicionaram contra o grafite, que acompanha a mensagem: “Por mais jovens felizes buscando um futuro brilhante e maravilhoso”.

 

Já alguns sinopenses utilizaram as redes sociais para apontar censura por parte da Prefeitura na decisão de apagar a obra. Eles também aproveitaram para criticar a pichação associada à prisão do ex-presidente Lula.

 

“O que Lula tem a ver com isso? A esquizofrenia social, meu pai”, escreveu um internauta no Instagram.

 

Greta Thunberg ganhou maior notoriedade na semana passada, ao fazer um discurso crítico contra autoridades em um evento sobre clima nos Estados Unidos.

 

Reprodução

Grafite foi pintado no domingo (30) pelo artista Matias Souza

Outro lado

 

O diretor de Cultura da Prefeitura, Daniel Coutinho, negou censura por pressão política. Ele justificou a decisão da Pasta afirmando que o desenho foge da temática do projeto, que era a fauna e flora de Mato Grosso.

 

“Não é censura. É apenas um projeto que foi aprovado e tinha que ser feito conforme essa preposição inicial”, disse.

 

Coutinho ainda afirmou que a substituição da arte também visa prevenir que as outras obras sejam prejudicadas com vandalismo.

 

“Não é uma questão política. Houve sim os vereadores se posicionando, lógico. Mas é realmente para a gente poder preservar e não aumentar esse número de pichação”.


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