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09.01.2019 | 17h41 Tamanho do texto A- A+

Fórum diz que não aceita escalonamento e indica greve unificada

Entidade que reúne sindicatos se posicionou contra calendário de pegamento dos atrasados

Alair Ribeiro/MidiaNews

O sindicalista Oscarlino Alves, um dos representantes do Fórum Sindical

O sindicalista Oscarlino Alves, um dos representantes do Fórum Sindical

CAMILA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

Em uma nota pública divulgada na tarde desta quarta-feira (9), o Fórum Sindical - entidade que representa sindicados do funcionalismo público do Estado - disse não aceitar o cronograma de escalonamento dos salários do funcionalismo apresentado pelo Governo na última semana.

 

Os salários são relativos à folha de dezembro do ano passado, que só será quitada integralmente no dia 30 de janeiro. Habitualmente, os servidores recebem no dia 10 do mês subsequente ao trabalhado.

 

O pagamento do 13ª dos aniversariantes de novembro e dezembro, além dos servidores comissionados, também foi dividido em quatro parcelas, cujo pagamento será concluído em abril.

 

“A indicação do Fórum é não aceitar o parcelamento do 13º dos aniversariantes de novembro e dezembro, assim como das demais verbas salariais”, consta na nota.

 

o Fórum indica a construção de Greve Geral Unificada a partir de fevereiro, caso o Governo mantenha sua intransigência frente à calamitosa situação que empurrará servidores públicos a atrasos salariais de até 60 dias

O Fórum indicou aos sindicatos que façam uma greve geral, a partir de faveiro, caso a política de pagamento de salários pendentes não se altere.

 

“Embora a reunião como o governador Mauro Mendes tenha sido muito importante para o início da relação Governo – Trabalhadores, ela não indicou qualquer alteração na determinação do Governo mudar a política de resolução dos problemas fiscais com o não pagamento dos salários dos servidores: 13º. de novembro e dezembro; salário de dezembro na data legal (até o dia 10) e, quanto ao RGA referente ao ano de 2018 sequer foi aventada solução pelo governo”, diz trecho da nota.

 

“Assim, respeitando a autonomia das entidades sindicais e as condições específicas de cada uma, fica aberta a decisão de paralisação ou não para este momento, porém, a indicação do Fórum é pela construção da Greve Geral Unificada a partir de fevereiro, após avaliação e deliberação conjunta de todos os sindicatos, inclusive da educação que encontra-se em férias coletivas”, acrescenta o documento.

 

Também na nota, o Fórum orienta que todos os sindicatos façam suas assembleias e deflagrem assembleias permanentes durante o mês de janeiro.

 

Os sindicalistas também afirmaram que irão compor um grupo de estudos para analisar as receitas e despesas do Estado, de modo a encontrar uma opção para o Executivo pagar integralmente o salário dos servidores.

 

Tal proposta deve ser oficializada ao governador ainda neste mês.

 

“O Fórum orienta as entidades para que assembleias permanentes funcionem como instrumento de mobilização das categorias e, caso os sindicatos em assembleia decidam pela greve nesse período de 11 a 30 de janeiro, que o façam”, diz a nota.

 

“Porém, o Fórum indica a construção de Greve Geral Unificada a partir de fevereiro, caso o Governo mantenha sua intransigência frente à calamitosa situação que empurrará servidores públicos a atrasos salariais de até 60 dias (caso dos que receberiam o 13º no mês de janeiro, fizeram antecipação no banco e, receberão apenas o salário de dezembro no final de janeiro, quando estes serão consumidos completamente pelos bancos)”.

 

Leia mais sobre o assunto:

Projeto estabelece critérios para a revisão salarial dos servidores



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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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Rogério  10.01.19 20h03
Essa é para o José Ricardo: quando se acidentar não conte com o SAMU, BOMBEIROS, MÉDICOS da rede pública e se for assaltado, furtado ou ameaçado não chame a polícia, se vire nos trinta!!
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Alex  10.01.19 13h49
Antes de escalonar o dos servidores, cadê dos parlamentares? dos políticos? Pimenta só arde nos olhos dos outros?
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jose ricardo  10.01.19 11h57
O problema de funcionário publico fazer greve é o povo descobrir que eles não fazem falta.
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Roberto  10.01.19 08h24
A situação econômica do país como um todo é preocupante, temos um déficit fiscal com viés de alta e que no curto prazo levará o governo federal e por conseguinte os demais entes federados a não dispor de caixa para quitar seus compromissos, inclusive com aposentados e servidores. Encontrar uma solução factível para enfrentar a crise passa necessariamente pelo diálogo, serenidade e bom senso entre as partes. Entendo que uma greve ou medidas extremas por parte do governo contra os servidores seriam inúteis. O restante da sociedade (a maioria) espera não ser penalizada mais uma vez.
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Juliano  10.01.19 08h10
Agora vamos ver se o novo governador tem pulso firme mesmo e mantenha o escalonamento da folha e os devidos cortes em muitos salarios exorbitantes.
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