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Polícia / RÉU EM AÇÃO
Servidor da Sefaz é encontrado morto em veículo na Capital
Segundo a Polícia Militar, o corpo de João Picorelli não apresentava sinais de violência
DA REDAÇÃO
O servidor público João Vicente Picorelli, de 62 anos, foi encontrado morto dentro de uma caminhonete L-200, no Bairro Santa Marta, em Cuiabá, na tarde desta sexta-feira (14).
Picorelli é agente de tributos da Secretaria de Estado de Fazenda. Ele foi denunciado pelo Ministério Público pelo suposto envolvimento em um desvio de mais de R$ 400 milhões no esquema investigado pela Operação Cartas Marcadas.
De acordo com informações da Polícia Militar, uma guarnição do 10º Batalhão fazia rondas na região quando deparou com a caminhonete encostada em uma das vias.
Os militares fizeram a checagem da placa do veículo e não constataram nenhuma irregularidade.
Ao se aproximarem da porta, porém, verificaram que havia um homem deitado dentro do veículo.
Os PMs abriram a porta do carro e constataram que o motorista estava sem sinais vitais.
Os militares acionaram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi até o local e confirmou o óbito.
Segundo a Polícia Militar, o corpo não apresentava sinais de violência. A suspeita é de que ele tenha sofrido um mau súbito.
A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) esteve no local iniciando as investigações.
O corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para identificação e exames de necropsia.
A operação
De acordo com as investigações, a fraude investigada na Operação Cartas Marcadas nasceu do pagamento em certidões de créditos a um grupo de AAFs (Agentes da Administração Fazendária), em função de um acordo trabalhista feito entre o Governo do Estado e a categoria, em 2008.
Pelo acordo, seriam expedidas duas certidões de créditos aos servidores.
Entretanto, foram emitidas sete, das quais cada servidor recebeu apenas três. O restante acabou sendo retirado junto à Secretaria de Estado da Administração (SAD) por representantes legais constituídos pela categoria, sem que os verdadeiros titulares soubessem.
De um total de R$ 647,8 milhões emitidos para quitar a dívida trabalhista, R$ 493,9 milhões foram considerados indevidos.
Quinze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual, entre eles Picorelli. Também foram denunciados os ex-secretários de Fazenda Eder de Moraes Dias e Edmilson José dos Santos, além do deputado estadual Gilmar Fabris.
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