Frei Moacyr

Líder de uma das maiores e mais influentes paróquias de Cuiabá, frei Moacy Malaquias Junior, da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, é um crítico de valores que norteiam a sociedade moderna.
O consumismo, a ganância e o desejo de poder são, na opinião do religioso, reflexos da falta de fé. "Tudo aquilo que leva o homem a fazer do dinheiro um ídolo não é ato de Deus", disse frei Moacyr, em entrevista concedida ao MidiaNews nesta semana.
Fazendo trabalhos sociais em comunidades carentes, ele conhece de perto muito das mazelas que afligem as classes mais baixas. E faz o diagnóstico sobre o avanço da corrupção e da violência nos últimos anos, sobretudo em 2016. "As pessoas expulsaram Deus de suas vidas, da nossa sociedade, do ambiente público, da família".
Na entrevista, o religioso falou da virada do ano como momento propício para a autoavaliação. "Cada ano que Deus nos dá é mais um tempo que Ele permite que sejamos melhores".
Leia os principais trechos da entrevista:
MidiaNews – As viradas de ano são bons momentos para autoavaliações e mudanças de comportamento?
Frei Moacyr – Sim. É muito importante porque a sociedade faz um balanço para as pessoas verem se tiveram lucros ou prejuízos. Assim também nós temos que ser com nossa vida de cristãos, em família e na vida pessoal. Temos que fazer essa autoavaliação para saber em que melhoramos. Porque cada ano que Deus nos dá é mais um tempo que Ele permite que sejamos melhores. A cada ano Ele manifesta sua paciência conosco. A cada ano que se inicia, a gente sempre deve ter algo positivo em mente. E se a gente teve algum prejuízo ou algo negativo, procurar melhorar.
MidiaNews – Como sacerdote, o senhor deve cultivar o otimismo. O que espera do ano de 2017, depois de um 2016 tão ruim para o Brasil e o Mundo?
Marcus Mesquita/MidiaNews
"Não podemos atribuir o mundo de hoje somente aos outros. Nós também somos responsáveis"
Frei Moacyr – O cristão é sempre um otimista. Então eu sempre acho que as pessoas podem ser melhores. Nós somos cheios de esperança, sempre olhamos com a possibilidade das coisas serem melhores. Mas isso não é automático. Então é importante que a gente faça algo de melhor.
Se a gente reclama que o mundo está difícil - com tanta tragédia, tanta violência e sofrimento -, temos que nos perguntar: em que eu contribuí para isso? É muito importante que eu tenha contribuído para o bem. Se eu for melhor no meu trabalho, na minha comunidade, com certeza o mundo será um pouco melhor. Não podemos atribuir o mundo de hoje somente aos outros. Nós também somos responsáveis. Até que ponto eu contribuí para que o mundo estivesse nessa situação que está? Então, se nós queremos o mundo melhor, que sejamos melhores. Que comecemos por nós, não pelos outros.
MidiaNews – Chegamos ao final de mais um ano marcado pela corrupção no Brasil e em Mato Grosso. Por que o ser humano se deixa levar pela ganância?
Frei Moacyr – a Bíblia mostra muito disso, a ganância. As pessoas colocam muito isso acima dos valores cristãos e acima dos valores morais. O dinheiro, a corrupção, o poder político, o poder econômico, tudo isso dá uma sensação de que você pode tudo. Então muitas pessoas acham que têm no dinheiro o poder. Jesus, quando teve as três tentações dele, fala do “ter” mais que do “ser”. Isso é uma falha grave da nossa sociedade, junto com a falta de fé, principalmente.
MidiaNews – O senhor acha que falta Deus no coração destes corruptos, que sabem que estão tirando dinheiro de crianças e pessoas carentes, provocando, inclusive, mortes?
Frei Moacyr – Exatamente. E falta de temor também. Porque tudo aquilo que leva o homem a fazer do dinheiro um ídolo não é ato de Deus. Idolatria não é de Deus. A nossa sociedade hoje cultiva essas idolatrias: do consumismo, do poder e do dinheiro. As pessoas tiraram Deus do coração e colocaram esses valores, que na verdade não são valores, são contravalores.
Então todas essas situações em que vemos tragédias, violência, drogas e corrupção causam um grande sofrimento na nossa sociedade e nos causam muita indignação. Porque isso é um crime contra uma pessoa mais pobre ou menos favorecida. Mas Deus é muito mais forte que isso.
MidiaNews – O mal maior da política é a corrupção?
Frei Moacyr – É difícil saber, porque a política em si não é o mal. A política seria - no ponto de vista cristão – a forma mais nobre de caridade. A política significa, na verdade, trabalhar para o bem da comunidade. Agora, quando há o desvio da utilidade como a gente está vendo hoje, visando a si mesmo - como um bem pessoal -, é uma alta forma de egoísmo. Isso sim é um mal grave da nossa política partidária.
Há muitos políticos que trabalham para o bem comum e são honestos. Mas certamente esses escândalos que vemos hoje, que nos desanimam tanto, são sim umas das mais graves e deturpadas formas de se fazer política.
MidiaNews – Certa vez o padre Paulo Ricardo, da Paróquia Cristo Rei, disse ao MidiaNews que sonhava com um Congresso Nacional que temesse o Inferno. O senhor pensa assim também?
Frei Moacyr – Mais que temer o Inferno, que temesse a Deus. Porque a gente deve ter o temor de Deus. No momento em que as pessoas colocam os bens e essas situações acima de Deus, significa que elas não têm esse temor. Na verdade, a gente pode trabalhar para Deus ou contra Deus.
Marcus Mesquita/MidiaNews
"O Inferno é um mistério, ninguém pode mandar ninguém para lá, só Deus"
A Igreja nunca disse que tem alguém no Inferno. O Inferno é um mistério, ninguém pode mandar ninguém para lá, só Deus. A Igreja diz que tem gente no Céu, mas nunca disse que tem alguém no Inferno. Nós não sabemos quem está lá. Então se as pessoas tivesse temor a Deus e não medo do Inferno, certamente seria muito melhor.
Nós temos no nosso Congresso Nacional pessoas religiosas, pessoas que têm valores morais e éticos. Então não é só lá, tem que ser visto em todo nosso País. A corrupção é um mal que existe no mundo inteiro desde que mundo é mundo.
Também não podemos pensar que a corrupção acontece só no Senado ou na Câmara como estamos vendo, mas nas pequenas situações da vida. Porque nós somos corruptores e corrompidos. Quando a gente tenta burlar pequenas leis, ou quando tentamos corromper um funcionário público, ou um policial, não podemos falar somente da grande escala, mas também a que nos encaixa. É preciso olhar e perceber como eu me comporto quando sou assediado para ser corrompido com pequenas e grandes coisas. Isso tudo é a ponta do iceberg de uma situação muito mais complicada e grave.
Temos que nos perguntar: e eu? Em que parte eu me coloco? Nós também somos causadores dessa situação, principalmente quando nos calamos e nos conformamos. A gente tem a possibilidade sempre de reagir. Quando ficamos tranquilos com isso, significa que a gente também está sendo colaborador ou então apoiador dessa situação.
MidiaNews – Muito tem se falado sobre a perda de espaço da Igreja Católica diante das neopentescostais. Por que isso está acontecendo?
Frei Moacyr – As pessoas pensam que as coisas de Deus são fáceis e imediatas. E muita gente se engana com esse imediatismo. Então, na verdade, a Igreja não se preocupa com a quantidade, porque o verdadeiro cristão sempre foi um pequeno grupo.
Isso é uma preocupação da mídia, das estatísticas. Nós estamos preocupados com quantidade do nosso trabalho.
Todo mundo é “cristão”. Mas nos momentos de provas, as pessoas procuram algo de imediato, porque veem isso na televisão. Essas estatísticas mostram as pessoas que saem, mas não mostram as pessoas que voltam. Porque, na verdade, não é que tanta gente está mudando de religião. A maioria, na verdade, não tem religião nenhuma e não acredita mais em nada. Ou, pior ainda, há pessoas que acreditam em tudo, mas no mundo de hoje as pessoas estão sem Deus. As pessoas hoje não estão indo a lugar nenhum. Elas estão sem esperança e, quando você tira Deus da sua vida, acontece essa situação.
Eu morei em muitos países, na Espanha, na Itália, na Inglaterra. E eu nunca vi tantos suicídios de jovens como aqui em Cuiabá. É porque as pessoas tiraram Deus de sua vida. E, quando isso acontece, a vida perde sentido. E as pessoas procuram coisas sem sentido. Vemos pessoas sofrendo com a depressão.
Então, na verdade, não é que a Igreja Católica perde fies. É que eles nunca foram fiéis. São de batismo apenas, nunca fizeram uma catequese ou nunca colaboraram com a Igreja. Porque é assim: as pessoas trocam de religião como trocam de roupa. As pessoas querem um “deusinho” que se encaixe no seu parâmetro. Então a Igreja não é preocupada com isso. É preocupada apenas que as pessoas vivam sem Deus e sem rumo.
MidiaNews – No dia de Natal, um ambulante foi espancado até a morte em São Paulo. Como o senhor avalia esse episódio de tamanha violência ocorrer exatamente no Natal?
Frei Moacyr – A gente não tem nem o que dizer daquela situação de violência. O pior de tudo isso é que nós não nos assustamos mais com essa situação tão violenta. Porque hoje a gente vê tanto essas coisas quando abrimos um jornal ou assistimos à televisão, que parece que é algo normal - e não é. A gente pode achar que só acontece lá, mas acontece aqui em Cuiabá, no nosso bairro. Eu presencio isso diariamente nos hospitais, nas funerárias. Essa situação chocou porque apareceu na televisão e foi filmado. Mas é um fato corriqueiro que acontece na nossa cidade.
Este ano acompanhamos muitas situações desse tipo nos nossos bairros carentes. Então o drama maior foi isso ocorrer no dia de Natal, porque pareceu que foi algo extraordinário. Mas é algo que acontece a todo o momento. E mais uma vez eu digo: é a ausência de Deus.
As pessoas expulsaram Deus de suas vidas, da nossa sociedade, do ambiente público, da família. Os pais não ensinam mais para os filhos o respeito ao próximo, o respeito à vida e ao ser humano. São valores morais que estamos perdendo.
MidiaNews – A que o senhor atribui essa escalada de violência nos dias hoje?
Frei Moacyr – A gente sempre fala de paz e serenidade, mas, se formos parar para analisar, veremos que as famílias estão desestruturadas por uma série de motivos econômicos e sociais.
As pessoas não têm mais os valores cristãos. As crianças hoje aprendem muita violência na televisão. A tecnologia também é muito usada para isso. Mas, principalmente, vemos a falta da educação dos valores familiares e principalmente da cultura da paz. Cristão é muito da paz. Então nunca podemos pensar que o mal é combatido com mais mal. O mal só se combate com o bem, como Jesus ensinou
MidiaNews – Um padre foi assassinado em Rondonópolis neste ano. O senhor conhecia o padre João Paulo Nolli? Como recebeu a notícia?
Frei Moacyr – Eu o conhecia pelo trabalho que ele realizava. Infelizmente todos nós estamos sujeitos a esse tipo de situação. Eu o conheci quando ele veio celebrar um casamento aqui. Eu recebi essa notícia com muito choque e só aconteceu para mostrar que ninguém está livre. Nós, aqui na igreja, já fomos assaltados. Muitas igrejas aqui em Cuiabá já foram, porque as pessoas têm uma ideia errada de que temos dinheiro guardado, que temos cofres. Essa situação de violência não poupa ninguém. Todos nós somos vítimas e, ao mesmo tempo, também protagonista dessa situação de violência.
Marcus Mesquita/MidiaNews
"Me parece que as pessoas só procuram Deus no momento de sofrimento"
MidiaNews – O senhor estava presente quando a paróquia foi assaltada?
Frei Moacyr – Não. Eu tinha ido ao dentista e, na hora em que voltei, fiquei sabendo. Mas as pessoas foram identificadas e não eram estranhas, eram pessoas que prestavam serviço aqui para a paróquia e conheciam nossa rotina.
Isso demonstra também uma falta de atenção do poder público com a sociedade. Nós não estamos livres. As pessoas não têm mais noção do que é sagrado. Todos somos vítimas da violência.
MidiaNews – Então os assaltos continuam comuns aqui na região [Morada do Sol, Despraiado e Santa Quilombo]?
Frei Moacyr – A nossa região é muito violenta. Já teve carros quebrados, casas assaltadas. A maioria das pessoas que frequentam a igreja são idosos, que vêm a pé. As pessoas até se afastam e deixam de vir, porque a maioria das nossas celebrações são noturnas. Então continua do mesmo jeito e na maior naturalidade.
MidiaNews – O desejo de ter e ostentar é cada vez mais presente entre os jovens. Como a igreja pode competir pela atenção deles diante desse quadro? É difícil, não?
Frei Moacyr – Muito difícil mesmo, exatamente porque a educação - e também o nosso jeito moderno de viver - joga a responsabilidade para a família. Parece que as pessoas têm a necessidade de ostentar roupas de marca, celulares caros, porque o nosso mundo é consumista. Vivemos na cultura do descartável e do provisório. E, quanto mais o mundo oferece isso, mais as pessoas criam o desejo e a necessidades de possuir, mesmo sem ter condições.
Muitos jovens carentes não têm condições e procuram, muitas vezes roubando e assaltando. É uma realidade em que convivemos hoje. Os meios de comunicação jogam isso em propagandas comerciais falando que [que a pessoa] tem que trocar de celular a cada seis meses. Dizem como o cabelo tem que ser. Eles criam essas situações em que a Igreja não tem como competir, porque não temos como nos desviar do nosso Evangelho.
Mas a missão de educar e catequizar não é da Igreja nem da escola. É da família. É na família que as pessoas aprendem aqueles valores do respeito e valores morais básicos, como não roubar e não matar. A escola e a Igreja são colaboradoras apenas.
MidiaNews – Estamos em um ano de crise e sofrimento para pessoas. O desemprego e as dívidas aproximam mais o cidadão de Deus ou o distanciam?
Frei Moacyr – Me parece que as pessoas só procuram Deus no momento de sofrimento. Quando elas estão bem e tranquilas, não procuram Deus. E nós, como padres, convivemos com isso no dia a dia. A nossa vida é marcada por ir atrás das pessoas nos hospitais, nas crises familiares, econômicas. Temos um grande trabalho social de ajuda e apoio a essas pessoas.
Mas as pessoas só procuram Deus no pior momento e querem que Ele resolva imediatamente. O fato de ter Deus na nossa vida ou ser religioso e ter fé não siginifica que a gente não passe por problema. Muitas vezes passamos por provas diante do sofrimento.
A diferença é que as pessoas hoje não querem passar pelo sofrimento - ou elas se conformam ou esperam que Deus resolva tudo. Deus não faz mágica. Muitos dos nossos problemas, nós podemos resolver. Ele está sempre conosco caminhando, mas também temos que fazer nossa parte. A gente deveria procurar mais Deus para agradecer.
MidiaNews – Nestas horas existe o risco de eles serem atraídos por enganadores que prometem milagres?
Frei Moacyr – Sim, com certeza. Muitas pessoas se aproveitam dessa situação de sofrimento para oferecer coisas milagrosas. E isso se torna um sofrimento maior ainda. Isso é grave. Há muitas pessoas que se enganam.
MidiaNews – A igreja Guadalupe é conhecida pelos trabalhos sociais. Como estão essas ações?
Marcus Mesquita/MidiaNews
"Nós sentimos que temos como missão ajudar os mais pobres e a nossa comunidade é muito generosa nesse sentido"
Frei Moacyr – Estão indo muito bem, graças a Deus. Aqui na nossa comunidade temos um trabalho de orientação de jovens, nos bairros pobres. A nossa paróquia é muito grande. Então a gente também atende pessoas que passam por Cuiabá e não têm onde ficar. Nós sentimos que temos como missão ajudar os mais pobres. E a nossa comunidade é muito generosa nesse sentido.
Atendemos também muitos doentes e jovens usuários de drogas ou que passam por problemas. A gente procura ajudar o máximo. Sabemos que não podemos resolver todos os problemas, mas o que estiver dentro da nossa possibilidade, nós fazemos. Mas se cada um fizer sua parte, então poderemos fazer muito melhor.
MidiaNews – A propósito, a crise econômica afeta de alguma maneira a solidariedade das pessoas, à medida em que ela também passar a ter dificuldades financeiras?
Frei Moacyr – Afeta bastante. Nós vemos que antes tínhamos uma colaboração muito maior com os dízimos e as doações. E hoje diminuiu bastante. Tem muita gente que ajudava e hoje está precisando de ajuda. Tem muito disso. Caiu a nossa arrecadação. Então procuramos fazer economia, mas são situações em que a gente acompanha e, apesar das dificuldades, a gente consegue manter a assistência e nunca ninguém ficou sem.
MidiaNews – Neste domingo Cuiabá passa a ser administrado por um novo prefeito. Que mensagem o senhor poderia dar a ele?
Frei Moacyr – O novo prefeito é um paroquiano nosso. É um grande parceiro e colaborador. Ele participa de todas as festas, está sempre presente nas nossas festas. E eu espero que ele também recupere no povo cuiabano, a esperança. Principalmente que ele olhe para os mais pobres, porque a campanha dele foi baseada nisso. Nós vamos cobrar muito essa ajuda dele. Espero que ele continue ajudando a nossa sociedade e a nossa comunidade.
A nossa paróquia está muito atenta com o nosso novo prefeito e a gente vai cobrar a participação deles. Tenho muita esperança que ele vá fazer um bom governo. Ele tem nosso apoio e tem também nossa vigilância.
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10 Comentário(s).
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maria 09.01.17 14h49 | ||||
O padre expos a realidade da situação. Eu concordo totalmente com ele... ta faltando Deus nos coraçoes das pessoas! Nem sou de ir na igreja, mas agora vou ve-lo na Nossa Senhora de Guadalupe | ||||
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Daniel 02.01.17 13h35 | ||||
Caro Antonio Carlos, em momento algum o Frei fez uma crítica aos ateus. A crítica está no consumismo, que para nos cristãos tem a ver com a falta de fé e no seu entendimento com a falta da razão. É preciso termos mais respeito uns com os outros e para isso temos o caminho da fé e o da razão. Sempre que alguém faz uma crítica a religião coloca a pedofilia como algo exclusivo dos padres (pura falta de uso da razão) uma vez que essa prática inescrupulosa assola nossa sociedade sim, por pedófilos (padres, pastores, médicos, pais, irmãos, professores, etc, etc, etc) que devem pagar por esse CRIME. É preciso usar a razão também e estudar mais sobre a história da igreja para ver o bem que ela fez e faz todos os dias as comunidades e não usar a falta da razão para ver apenas seus pecados. Convido você a conhecer a comunidade que transforma fé em obras. Junte-se a nós transformando a razão em obras também. | ||||
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ELIAS BERNARDO SOUZA, Arenápolis-MT. 02.01.17 10h59 | ||||
QUANTA LUCIDEZ E CORAGEM DE FREI MOACYR EM EXPOR A SITUAÇÃO VIVENCIADA POR NÓS CATÓLICOS. ABRIU O JOGO. VALEU. PARABÉNS PELA SINCERA EXPOSIÇÃO DA NOSSA REALIDADE. | ||||
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edy marcos 02.01.17 10h44 | ||||
Há contradições. Jesus durante o dia pregava, curava...á noite subia no monte para orar...A qualquer ora Jesus estava pronto. Os religiosos vivem da obra e é obrigação deles está pronto 24 horas para ensinar... se um político, um rico que vive do suor e lagrimas, surrupiar e explorar ao pobre chega numa igreja é tratado como rei...não tem um sermão para fazer ele se converter dos seus maus caminhos....uma das formas das igrejas não cumprir com seu papel de dentro da sociedade.Eu digo que são todas igrejas que estão só polindo moedas há muito tempo...igreja não, pessoas. | ||||
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Antonio Carlos 01.01.17 20h30 | ||||
"O consumismo, a ganância e o desejo de poder são, na opinião do religioso, reflexos da falta de fé". Essa afirmação revestida de preconceito induz as pessoas a pensar que ateus (pessoas sem credo) são más e nocivas a sociedade. Como uma pessoa pública o padre deveria ter maior responsabilidade com o que fala. É engraçado a afirmação ao vermos religiosos jogando aviões em prédios (11/9), sendo acusados de homofobia (evangélicos), Pedofilia (Padres Católicos), degolando e estuprando mulheres (ISIS), além de guerras tribais motivados por religiões. As pessoas estão é cansadas de religião. De pessoas que se dizem "superior" as demais apenas por frequentar um credo. Eu tenho orgulho de ser ateu, cumpro com todas as minhas obrigações perante a sociedade. O que você usa como "fé" para julgar as coisas, eu uso como "razão" e é justamente a razão que faz a humanidade progredir como espécie. Se dependessemos da "fé", estariamos morando em cavernas.. Caro Padre, não ofenda os ateus, assim como o senhor, eles também contribuem com sua parcela para nossa sociedade que diga o Betinho (um dos maiores filântropos que o país ja teve). | ||||
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