O candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), divulgou nesta quarta-feira (19) um áudio atribuído ao presidente da Metamat, Elias Santos, irmão do candidato Wilson Santos (PSDB), em que ele convocaria servidores comissionados da autarquia para uma reunião política, sob pena de exoneração.
No áudio, de quase 50 segundos, Elias Santos teria dito que queria todos os servidores comissionados em um evento no Hotel Fazenda Mato Grosso, a ser realizado na noite desta quarta (ouça o áudio abaixo).
O Gabinete de Estado de Comunicação já anunciou a exoneração de Elias Santos, por determinação do governador Pedro Taques, independente da apuração sobre o caso (veja abaixo).
“O governador Pedro Taques convocou todos os cargos comissionados para uma reunião às 20 horas e 30 minutos no Hotel Fazenda Mato Grosso. Todos, sem exceção. Aquele que não for será exonerado no outro dia. Eu não estou com brincadeira, aquele que não for será exonerado. Desculpa falar desta forma. Todos os cargos comissionados têm que estar hoje”, teria dito, no áudio.
Segundo o advogado Nestor Fidelis, que comanda o jurídico da campanha de Emanuel, a Justiça Eleitoral foi acionada por meio de uma representação pedindo a cassação do registro de candidatura de Wilson e Leonardo de Oliveira (PSB).
O áudio teria sido gravado hoje, em uma reunião na Metamat, por uma servidora que se sentiu coagida
Além disso, encaminharam o áudio ao Ministério Público Eleitoral e pediram que o órgão abra uma investigação por improbidade administrativa contra Elias e Pedro Taques.
Divulgação
O presidente da Metamat, Elias Santos, irmão do candidato a prefeito Wilson Santos
“É um áudio que foi gravado hoje em uma reunião na Metamat por uma servidora que se sentiu coagida, como todos os servidores estão se sentindo. Ela gravou e para quem conhece ele [Elias], sabe de quem se trata. Várias pessoas testemunharam isso, são provas testemunhais”, disse Fidelis.
“Estávamos recebendo várias denúncias ao longo da campanha, mas nenhuma foi tão robusta quanto essa”, afirmou.
Já Emanuel Pinheiro, classificou o episódio como “atentado à democracia”. E disse que há muito tempo vinha falando sobre o uso da máquina estadual contra sua candidatura.
“Eu lamento profundamente ter que parar a campanha eleitoral em virtude do áudio que recebi de um servidor indignado com esse atentado à democracia. Uma ameaça à liberdade de expressão e dignidade do servidor comissionado”, disse.
“Há algum tempo vínhamos denunciando as constantes ameaças ilegítimas e criminosas de secretários, agentes políticos, contra os comissionados, que tem liberdade de expressão. Isso é crime eleitoral”, afirmou.
Exoneração
Segundo o Gabinete de Comunicação, o que Elias Santos teria falado não representa a posição e a postura do Governo.
"Trata-se de um ato única e exclusivamente dele, que teria agido por conta e risco. Pela gravidade, o governador determinou a sua imediata exoneração, independente dos desdobramentos e da investigação sobre o caso", disse.
O Governo do Estado também divulgou uma nota sobre o episódio. Confira:
"Para efeitos de publicidade e transparência, o Governo de Mato Grosso informa que o ato de exoneração do servidor Elias Pereira dos Santos Filho, diretor presidente da Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat), será publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (20.10).
Por determinação do governador Pedro Taques, o Conselho Deliberativo da Metamat irá exonerar o atual diretor presidente para apurar a conduta do gestor público em denúncia de suposta infração eleitoral.
O Governo reconhece os avanços da legislação eleitoral e, por esse motivo, atua em consonância com as regras do processo democrático."
Ouça o áudio atribuído a Elias Santos:
Veja o ato de exoneração de Elias Santos:
34 Comentário(s).
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Carlla 23.10.16 14h30 | ||||
Eu acho que é tudo ensenação! Daqui a pouco, ele vai voltar a trabalhar em um função no Governo ou Prefeirura. Eu não vou votar no Wilson, pq ele não merece a terceira chance. Muito menos diante dessa coisa ridicula que ele e seus apoiadores estão fazendo: ameaçando a população dizendo que só ele tem apoio com cargos maiores dos politicos, e os servidores com essa posição politica. | ||||
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junior 20.10.16 14h07 | ||||
Se fosse exonerar todos que fazem isso com os funcionarios contratados nao iria sobrar quase nada, diretores de escolas entre outros.... | ||||
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Everton 20.10.16 09h28 | ||||
Nada ver,o cara agiu por sua própria conta tanto é que perdeu o emprego isso é respeito tratou mau o servido o governador mandou embora nem interessou si era irmão de seu maior aliado isso mostra um governo de transformação ainda continuo indeciso si fica o bicho pega e si corre o bicho come | ||||
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Raquel 20.10.16 08h40 | ||||
A pergunta que não quer calar é: Cadê o Ministério Público????? | ||||
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Marcio de Natal 20.10.16 08h29 | ||||
Começou a transformação!!! Vamos começar pela prefeitura de Cuiabá!!! É 15 meu povoooooo... | ||||
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