Cuiabá, Domingo, 3 de Agosto de 2025
JARDIM CUIABÁ
20.04.2018 | 09h03 Tamanho do texto A- A+

Nova gestão corta o atendimento do MT Saúde e mais 7 convênios

Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá assumiu nesta sexta-feira a administração da unidade

Alair Ribeiro/MidiaNews

Faixa afixada pela antiga administração, anunciando o fim das atividades

Faixa afixada pela antiga administração, anunciando o fim das atividades

DA REDAÇÃO

 

A empresa que assumiu a administração do Jardim Cuiabá, desde as primeiras horas desta sexta-feira (20), anunciou a suspensão temporária do atendimento de pacientes de oito planos de saúde.

 

O comunicado da Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá foi afixado em uma parede da unidade médica na manhã de hoje.

 

Os planos cujos atendimentos estão suspensos são: MT Saúde, Amil, Bradesco Seguros, Cassi, Economy Brasil, ServSaúde, Saúde Caixa e Sulamérica.

 

A Importadora assumiu a administração da unidade em razão de ter obtido decisão favorável do Tribunal de Justiça em uma ação de rescisão do contratual de arrendamento que mantinha com a empresa Hospital Jardim Cuiabá, que até então administrava a estrutura.

 

A mudança na administração tem sido conturbada. Na última quarta-feira (18), uma audiência entre as partes terminou em bate-boca. Na quinta, uma confusão entre representantes das duas partes precisou da intervenção policial.  

 

A reportagem do MidiaNews esteve no hospital na manhã desta sexta-feira. Apesar dos problemas jurídicos, a movimentação na unidade médica era normal.

 

Histórico

 

A disputa remonta a 2003, quando as duas partes assinaram um contrato em que a Importadora arrendava a estrutura hospitalar para a Jardim Cuiabá.

 

O contrato foi assinado porque, segundo a defesa da empresa Hospital Jardim Cuiabá,  em 2003 as dívidas da unidade chegavam a R$ 100 milhões em valores atualizados, tornando a unidade financeiramente inviável. Assim, criou-se uma segunda empresa, que se dispôs a assumir as dívidas da antiga administradora.

 

Conforme o advogado, somente com o Banco do Brasil a dívida chegava a cerca de R$ 50 milhões em valores atualizados.

 

Em 2008, as duas partes assinaram um aditivo ao contrato, pelo qual ratificaram que “o valor mensal do arrendamento pago pela arrendatária à arrendadora deverá ser integralmente utilizado pela arrendatária para que, em nome da errendora, amortizar todas e quaisquer dívidas da arrendadora, inclusive, mas não exclusivamente de natureza tributária, segundo que se os valores amortizados forem superiores ao devido pelo arrendamento e no prazo do arrendamento, o excedente, devidamente atualizado pelo INPC, servirá como pagamento do valor do arrendamento após a amortizações e até a completa compensação”.

 

Em 2015, os arrendadores entraram com uma ação para rescindir o contrato alegando que o valor do arrendamento “afigura-se demasiadamente ínfimo e muito aquém de mercado”; que a arrendatária “sacrificou” bens da arrendadora;  além do não-pagamento de parte dos aluguéis mensais de R$ 60 mil.

  

Em março, o Tribunal de Justiça decidiu a favor da Importadora, dando prazo para a Jardim Cuiabá deixar a unidade médica. 

 

Leia o comunicado dos novos administradores:

 

 

documento Hospital Jardim Cuiabá

 

 

 

 

 

 

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COMENTÁRIOS
2 Comentário(s).

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Sueli Campos  21.04.18 15h07
Então fecha as portas. Porque vão vai atender maus nada. E o povo de convênio que sofre.
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Willian   21.04.18 11h55
Willian , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas