Entenda o caso
O caso foi registrado pela PM no sábado. No boletim de ocorrência, aparecem como vítimas os soldados PM Edmilson Roberto Correa e Cenilton de Lima Braga.
Segundo B.O., uma guarnição da PM foi acionada, após uma ligação telefônica por parte de um morador, que informou que, ao passar pela cidade de Terra Nova do Norte (a 30 km de Guarantã), em frente ao posto de combustível Idaza Sexta Agrovila, viu duas pessoas discutindo em frente a um carro, sendo um deles em “visível estado de embriaguez alcoólica”.
Ao chegarem ao local e questionarem o motorista, segundo os militares, ele teria perguntado aos agentes se “sabiam com quem estava falando”.
“Que este militar deveria colar os cascos para falar com ele, sendo que ele era um coronel. Ainda perguntou se este militar não tinha conhecimento do Código Penal Militar. Neste momento, notou-se que o condutor encontrava-se em visível estado de embriaguez alcoólica, pois exalava forte odor de álcool ao falar”, diz trecho do boletim, se referindo ao promotor Fábio Camilo da Silva.
Nesse momento, segundo o policial Edmilson, o promotor foi informado sobre o motivo da abordagem. Entretanto, Fábio Camilo teria passado a fazer questionamentos ao soldado, entre eles o motivo da viatura estar sem a placa dianteira. De acordo com o PM, o promotor “deu voz de prisão” e pediu que o outro policial, Cenilton de Lima, prendesse o colega.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, por diversas vezes, o promotor teria tentando retirar o celular do militar.
Em determinado momento, Fábio Camilo aparece dando uma gravata em Edmilson, tentando enforcá-lo. Segundo o B.O., ambos caíram ao chão.
“Ele disse: ‘Vou lhe matar, soldado, com sua própria arma’. O promotor tentou retirar a arma deste militar, sendo interceptado pelo soldado Cenilton e a testemunha Reginaldo, sendo necessário o uso da força para conter o promotor e ainda utilização de algemas, para salvaguardar a integridade física dos agentes e do próprio promotor”, diz o documento.
“Após ser algemado, o promotor começou a ingerir um líquido estranho de uma garrafa de vidro, também começou a tomar banho com as referidas bebidas. Ainda tirou o short e saiu andando pelo local só de cueca”, afirma.
Por ter prerrogativa de função, o promotor só pode ser preso mediante flagrante de crimes inafiançáveis. Desta forma, ele não chegou a ser preso.
Durante o episódio, um dos policiais filmou o ocorrido para usar como prova contra o promotor.
No vídeo, é possível ver o promotor tirando a camiseta, desafiando o PM e mandando-o “colar os cascos”. Em seguida, ele pega o gorro do agente e o joga no chão.
“Pode algemar, pode algemar. Aproveita que estou de costas e atira”, disse o promotor.
Em outro trecho, ele diz que “promotor equivale a coronel”.
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