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06.12.2018 | 16h45 Tamanho do texto A- A+

Após cirurgias, pilotos deixam a UTI de hospital em Cuiabá

Marcelo Balestrin e John Venera foram encontrados na terça-feira, ao final de 4 dias de buscas

Reprodução

Copiloto e piloto (detalhe) foram resgatados desidratados, desnutridos e com diversas fraturas

Copiloto e piloto (detalhe) foram resgatados desidratados, desnutridos e com diversas fraturas

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O piloto John Venera e o copiloto Marcelo Balestrin, que foram resgatados da mata quatro dias após sofrerem um acidente aéreo em Mato Grosso, receberam alta da UTI do Hospital Santa Rosa no início da tarde desta quinta-feira (6).

 

Os dois, que foram internados na terça-feira (4) - após resgate -, agora estão em um quarto da unidade de saúde. A informação foi confirmada pela família do piloto e do copiloto.

 

“Eles foram transferidos agora à tarde, estou indo para lá vê-lo. Hoje conversei com ele, e ele está se recuperando muito bem”, disse o pai do piloto, Sebastião Venera.

 

O piloto e copiloto desapareceram na noite de sexta-feira (30) na Serra do Mangaval, em Cáceres. Eles haviam saído de Pimenta Bueno (RO) em direção a Cuiabá, mas o Cessna 182P em que estavam perdeu o contato com o controle aéreo quando faltavam 120 km para chegar à Capital.

Reprodução

Resgate - Serra do mangaval

Piloto e copiloto foram resgatados por uma equipe da FAB após quatro dias em mata fechada

 

Os dois foram resgatados no fim da tarde de terça por uma equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) e encaminhados ao Pronto-Socorro de Várzea Grande.

 

Na madrugada de quarta-feira, já no Hospital Santa Rosa, piloto e copiloto passaram por procedimento cirúrgico devido às fraturas.

 

Para recuperação, a equipe médica aconselhou aos dois ficarem na UTI para serem melhor assistidos.

 

Isso porque a dupla foi encontrada com desidratação, desnutrição e fraturas graves. John teve diversas escoriações e duas fraturas na perna: uma no tornozelo e outra no fêmur. 

 

Já Marcelo teve um quadro mais complicado. Segundo Francismara de Sousa, mulher do copiloto, ele fraturou a perna esquerda, deslocou o maxilar e um osso da face foi quebrado. Com a queda, ele bateu o rosto e fez um machucado profundo na face e no braço direito.

 

O sumiço

 

Piloto e copiloto decolaram de Pimenta Bueno na tarde de sexta-feira e deveriam chegar no mesmo dia a Cuiabá. No entanto, a 120km da Capital, o avião parou de emitir sinal, desaparecendo na Serra do Mangaval.

 

As buscas aos dois começaram no dia seguinte, mas foram prejudicadas pelo mau tempo. Com a melhora nas condições climáticas, as equipes tiveram mais visibilidade para o resgate.

 

Este é o segundo caso de ocupantes de aeronaves acidentadas resgatados com vida na mata em Mato Grosso em menos de um mês. Em novembro, o piloto Maicon Esteves também passou quatro dias perdido depois de sofrer um acidente aéreo no norte do Estado. Com queimaduras graves, ele segue internado.

 

Cerca de 30 militares do Esquadrão Pelicano da FAB estiveram envolvidos nos quatro dias de buscas. Mecânicos do Esquadrão Pantera também compuseram a tripulação. 

 

“Já era o quarto dia de buscas e decolamos por volta das 17h para fazer um padrão onde ainda não havíamos passado com o helicóptero. Cerca de uma hora depois da decolagem ouvimos o sinal do ELT [Emergency Locator Transmitter] e continuamos circulando na região. Logo depois, nossa tripulação avistou a aeronave e já dava para ver o pessoal acenando pra gente, mostrando que estavam vivos”, contoy o tenente aviador Fábio Rachildes Pinto.

 

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